As 13 Lições de Liderança e Influência Escondidas no Filme The Matrix

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O Filme The Matrix conta a história de Neo, contudo a ação do seu mentor Morpheus esconde 13 lições de liderança e influência que todos podemos aproveitar.

Sou fã do primeiro Matrix, do Neo relutante, do Morpheus que acreditava mais nele do que ele mesmo, do seu processo de liderança, da descoberta da missão por parte de Neo, das dúvidas e do resultado, da traição e do amor. Do poder sem limites que tem a plasticidade do cérebro, e, claro do conceito que está há muito nas mentes de todos nós mas que o filme colocou em evidência: somos mantidos na ignorância do nosso verdadeiro potencial e somos perigosos para o status quo quando despertamos.

Neste artigo mostro-te 13 lições de liderança e influência que aprendi com este filme e como ele me inspira, ainda, cada vez que o vejo.

 

1- “Follow The White Rabbit” (“Segue o coelhinho branco”)

1- “Follow The White Rabbit” (“Segue o coelhinho branco”)

O recrutamento de NEO.

Cena: Neo está no seu apartamento e começam a surgir mensagens no ecran do computador. A ultima, mesmo antes de alguém bater à porta diz:

– “Follow the White Rabbit” – “Segue o Coelhinho Branco”- Numa referência a Alice no País das Maravilhas.

Quando surgiram vários amigos à porta e o convidaram a ir a um bar, Neo disse que não, mas, depois de ver tatuado no ombro de uma rapariga… um coelho branco, recordou a mensagem deixada no ecran e isso intrigou-o. Decidiu seguir o coelhinho branco e ir com eles.

Nesse bar estaria Trinity à sua espera para o primeiro contacto efetivo.

O que levou NEO a agir? O primeiro “truque” do livro da influência:

Se pretendes liderar e influenciar, precisas ter credibilidade. Aqui Morpheus (que ainda ninguém viu) prova que sabe do que está a falar. Faz isso deixando NEO curioso acerca de “como conseguirá ele prever o futuro“?

Da curiosidade, veio a primeira ação.

 

 2- “I Know Why You’re Here Neo” (“Eu sei porque é que estás aqui, Neo”)

2- “I Know Why You’re Here Neo” (“Eu sei porque é que estás aqui, Neo”)

Rapport. Conecta-te com as pessoas antes de lhe pedires que façam o que tu queres ou que te ajudem ou que te comprem algo ou que se envolvam no teu projeto ou na tua iniciativa.

Trinity encontra Neo no clube e fala-lhe ao ouvido. A sua missão é recrutá-lo para a causa, porém não lhe fala da causa, fala-se do desejo de Neo. Fala-lhe do seu desejo de conhecer a Matrix e, principalmente de conhecer Morpheus, o carismático e famoso e misterioso hacker de que todos falam.

Conecta-te com os desejos das pessoas, mostra que tens uma solução (e, claro, precisas de tê-la!). A tua abordagem não é acerca do que tu desejas mas do que as outras pessoas desejam.

Sê um fornecedor de soluções, mostra que as tens e indica um caminho. Mantém as opções das pessoas em aberto. Não pressiones. Toca, foge e espera que as pessoas venham ter contigo.

 

3- “Podes sair daqui pelo andaime ou sob prisão, Tu escolhes. Corres sempre um risco, de uma forma ou de outra.” – Morpheus

3- “Podes sair daqui pelo andaime ou sob prisão, Tu escolhes. Corres sempre um risco, de uma forma ou de outra.” – Morpheus

Uma vez que dás uma oportunidade a alguém a vida dessa pessoa já mudou. Não pode “não-saber” não pode continuar como se não soubesse.

No caso de Neo, Morpheus perdeu. Tentou que ele escapasse dos agentes fugindo pela janela, mas Neo não sabia o que Morpheus sabe: que o prédio é uma ilusão, que a altura e o medo estão somente na sua mente.

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Neo tem medo, opta por não fugir e deixa-se apanhar. Morpheus não julga a decisão, compreende que Neo está no seu processo e toma medidas para o atrair de novo, mais tarde.

 

4- “Red Pill or Blue Pill?”

4- “Red Pill or Blue Pill?”

O líder desafia sem dar todas as informações. Num determinado momento exige um salto na fé.

Esta é a prova de que um seguidor está pronto para seguir o líder: confia que tem as respostas, confia que pode dar-lhe o que procura e recebe o teste:

– Vens ou não vens? Pílula Vermelha, ou Pílula Azul?

Se escolheres a pílula azul, vais acordar na tua cama e tudo isto é como se não tivesse acontecido. Morpheus sabe que é tarde demais para Neo fazer de conta de que não aconteceu nada: os agentes, o mini robot de localizarão que Trinity lhe extraiu pelo umbigo, o ter conhecido Morpheus e a tua equipa e a promessa de ir conhecer o que é a Matrix… tudo isto é demasiado para uma pessoa como Neo abdicar.

Quando Morpheus desafia para o sim ou para o não, ele sabe que não há realmente escolha. Neo dirá que sim e isso irá colocá-lo numa posição sem retorno.

Morpheus aceita por seu lado que irá fazer todo o caminho junto com ele. A Red Pill que Neo escolheu, compromete-o tanto quanto compromete a Neo e ele sabe disso.

 

5- “Pára de tentar acertar-me e acerta-me! ” (“Stop trying to hit me and hit me”)

5- “Pára de tentar acertar-me e acerta-me! ” (“Stop trying to hit me and hit me”)

“Faz ou Não Faças, Não Existe Isso de Tentar” – Yoda em Star Wars.

Esta é uma mensagem recorrente em todos os processos de desenvolvimento pessoal.

Quando uma pessoa diz que vai tentar, está a programar-se para o fracasso. É genial a forma como os realizadores, os irmãos Wachowski, mostram o progresso do treino de Neo, desde a mais completa inoperância, receio, descrença até à mestria de vencer o mestre.

Como ele celebra cada pequena vitória, como ele se começa a considerar imbatível somente para ser humilhado pelo mestre com uma nova derrota.

O líder que treina, não está ali para ser compreensivo, está ali para ser desafiante. Não está ali para “comprar as desculpas” do aprendiz mas para extrair dele o seu melhor e dar expressão ao seu potencial.

É conhecida a regra dos 40% dos Navy Seals americanos que diz o seguinte:

– Quando chegas ao teu limite mental, físico ou emocional, estás ainda a 40% do teu potencial.

O treinador está ali para te levar aos 80%, os restantes 20% são o espaço dos génios que percorrem esse caminho sem mestres, pois é território virgem e pessoal.

 

6- Liberta a tua mente.

6- Liberta a tua mente.

Aceitar o fracasso pode ser um desafio para uma pessoa e para os que acreditam nela.

Todos podem duvidar: o aluno, os companheiros, família, amigos, todos. Todos menos o teu mentor, ou tu, se és mentor de alguém.

No dia em que deixares de acreditar, todos deixam de acreditar. Porém, se tu acreditares, muitos acreditam, mesmo que não todos.

Se és líder ou mentor tens de saber isto: a tua fé é o que mantém as pessoas unidas no meio do fracasso e da descrença. Nunca partilhes com as pessoas a tua descrença ou dúvida se elas surgirem. Nunca. Partilhas com os teus mentores não com os teus seguidores.

Com os seguidores partilhas a prova depois de superada. É a superação que inspira as pessoas, não as dúvidas.

Por isso, se tens medos, supera-os, se fracassas, levanta-te. Isso é tudo o que te é pedido:
– Que lideres pelo exemplo, que superes os teus fracassos e nunca desistas da tua missão.
– Que compreendas o fracasso das outras pessoas e que nunca desistas delas.

 

 7- “As pessoas estão tão dependentes do sistema que as escraviza que lutarão para o defender”.

 7- “As pessoas estão tão dependentes do sistema que as escraviza que lutarão para o defender”.

Quando descobres o teu potencial ficas louco de entusiasmo.

Lembro-me quando descobri que podia ganhar todo o dinheiro que queria, que podia estar com a minha família, e fazer as viagens, sem ter de pedir férias a ninguém.

Lembro-me como se fosse hoje a sensação de liberdade que senti: não depender de patrões nem de empregados… Incrível!

Durante um tempo esta sensação de liberdade existia somente na minha visão. Eu sabia que havia uma forma de a realizar, mas não sabia muito bem como. Porém um dia descobri. Conto essa história noutros locais aqui do meu blog, o que te quero transmitir é isto:

– Quando descobri a forma de ser livre: trabalhar para mim mesmo, ganhar o meu dinheiro sem depender de ninguém, usar a Internet e ter uma vida portátil (poder viajar e trabalhar umas horas por dia ao mesmo tempo) e ganhar uma vida móvel…. comecei a espalhar a palavra.

Sabes o que aconteceu? Muita energia negativa começou a surgir. Pessoas escandalizaram-se quando viam que eu ganhava num dia o que elas ganhavam num mês, que vivia em paz com a minha família, e fazia constantes viagens pelo mundo.

A maior parte das pessoas achava mal, as suas crenças pessoais em relação ao dinheiro vieram ao de cima e algumas começaram a dizer coisas como:

Bandido! Devias ir preso! Não tens vergonha? Tanta gente a passar fome e tu a ganhar esse dinheiro todo….

E não viam o Grupo Ação Social que fundei, nem que tudo o que eu estava a fazer era a dar-lhes a oportunidade de descobrirem por si mesmas se queriam para elas esse tipo de liberdade.

Inclusive dando montes e montes de informação gratuitamente e com interesse genuíno em ajudá-las.

“Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos” – Harriet Tubman

Sabemos que nós, humanos, defendemos a posição em que estamos com mais garras do que aceitamos a mudança, mesmo que a posição seja péssima e a mudança fantástica.

Entendemos este processo e, enquanto líderes, mostramos o caminho a quem quiser vê-lo, e, ao mesmo tempo, tentamos evitar que as pessoas que não o querem ver, não o vejam.

 

8- Tens alguém que acredita mais em ti do que tu mesmo. Tu acreditas mais em alguém do que essa pessoa acredita.

8- Tens alguém que acredita mais em ti do que tu mesmo. Tu acreditas mais em alguém do que essa pessoa acredita.

Quando alguém que respeitamos nos diz “Acredito em Ti“, alguma coisa muda no nosso ser. Passamos a funcionar num outro registo: as dificuldades perdem o drama e adquirem um novo significado.

Porém dizer é uma coisa e fazer é outra.

Quando alguém diz que acredita em ti e depois faz o possível e o impossível para não teres de trabalhar ou para te facilitar a vida o mais possível ou para evitar que te magoes ou que vivas dificuldades, essa pessoa não acredita realmente em ti.

Uma pessoa que acredita em ti desafia-te. Deixa-te correr riscos e deixa-te resolver as dificuldades. Podes dar-te indicações ou conselhos, mas não evitará que vivas o teu processo porque sabe que irás conseguir.

Acredita em ti.
(Tenho um vídeo muito fixe sobre “Acreditar em Ti” que podes ver clicando neste link)

Por isso, se acreditas numa pessoa desafia-a. Se alguém acredita em ti agradece os desafios que te coloca pois são a prova de que as palavras correspondem com a realidade.

 

9- Se não vale a vida não vale a pena.

8- Tens alguém que acredita mais em ti do que tu mesmo. Tu acreditas mais em alguém do que essa pessoa acredita.

“Morpheus sacrificou-se por aquilo em que acredita, eu entendo isso, eu tenho de ir salvá-lo porque eu também acredito numa coisa, acredito que consigo trazê-lo de volta.”- Neo.

Esta é uma das lições de liderança mais fortes de todo o Matrix: Se não estás na disposição de dar a tua vida, pode ser que não valha a pena aquilo que estás a fazer.

Se estás na disposição de dar a vida por aquilo em que acreditas, reúnes força, recursos, aliados. Não estás a ver se dá, não estás a tentar, não estás a ver o que acontece.

No Vietname as tropas todo-poderosas dos Estados Unidos foram derrotadas por forças muito mais fracas, mas eles lutavam por uma causa e os seus líderes estavam 100% comprometidos com a causa e com as pessoas.

Enquanto os americanos estavam lá à espera de voltar para as suas casas, o mindset dos vietnamitas era o de defender as suas casas e as suas famílias. Níveis completamente diferentes de compromisso.

É isto que faz uma Visão quando se transforma numa Missão: o líder passa a segundo plano, e a Missão toma conta. A tua vida ganha um novo significado, tornas-te cheio de luz energia e entusiasmo e atrais todas as pessoas e recursos de que necessitas.

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Todos os grandes líderes e outros menores que são luzes na humanidade deram a vida por aquilo em que acreditaram.

Conhecemos Jesus Cristo e Martin Luther King, Gandhi, Madre Teresa, Nelson Mandela, que gastaram as suas vidas na realização das suas missões, porém, temos inúmeros líderes mais discretos que o fazem todos os dias:

– Voluntários que trabalham em condições difíceis para ajudar os demais,
– Empreendedores que investem todo o seu dinheiro, tempo e recursos na criação de um sonho para si e para os seus empregados,
– Professores, médicos, mães e pais de família…

… inúmeros líderes sem título que povoam as nossas cidades e aldeias e de quem talvez nunca ouviremos falar mas que têm um sonho e o realizam diariamente, mesmo que ninguém esteja a ver.

Conheço muitos destes líderes sem título e aprendo diariamente com o seu exemplo.

Entretanto, a maioria segue dando um pouco, comprometendo-se um pouco, fazendo um pouco, investindo um pouco em alguma coisa: negócio, ideia, relação, amor… Investir um pouco não pode trazer um muito.

Quando tens uma Missão que te consome a energia toda porque tomou conta de ti, por essa tu estarás na disposição de dar a vida, seja de uma só vez, seja todos os dias dedicando os teus anos à sua realização.

Se não vale a tua vida, não vale a pena.

 

10- Começas a ser “O Tal” quando te dás conta que não o és.

10- Começas a ser “O Tal” quando te dás conta que não o és.

Eu não sou o tal!

Este é o momento em que dá tudo por tudo, sem medo de perder, sem qualquer instinto de auto-preservação. É o momento em que se entrega à causa de libertar Morpheus porque não tem nada a perder.

Enquanto pensava que podia ser “o Tal”, não podia arriscar-se, Trinity pensa que ele é o Tal e não quer que se arrisque, tenta mesmo que morra Morpheus que deu a sua vida para salvar a de Neo.

Este é o momento em que nasce “o Tal” dentro de Neo. Quando se liberta do dever, da auto-preservação, do ego e decide fazer o que sabe que tem de fazer: salvar o homem que o salvou mesmo que perca a vida no processo.

É o momento da descrença de que seja algo de especial e da consequente libertação do peso da responsabilidade e do ego.

Não tem medo de errar, de falhar, não se importa com a opinião das outras pessoas, não porque se sinta um líder mas precisamente porque não se sente um.

Vi muitos líderes protegerem a sua imagem, vi muitos não fazerem o que dizem aos outros para fazer porque têm medo de errar porque… “o que pensariam os outros se eles falhassem?”

Vi muitos líderes não darem o seu melhor para não mostrarem fragilidades caso fracassem.

Vi muitas pessoas a evitarem coisas difíceis para não fracassarem e assim se manterem à altura de um estatuto qualquer que pensam que têm. E também as vi a cair precisamente por não correrem riscos.

Admiro líderes como Cristiano Ronaldo que trabalha mais do que todos, e lidera pelo exemplo, aceita derrotas e vitórias e deixa o ego de lado quando se trata de dar o melhor, correr riscos e assumir responsabilidade.

Um líder não quer liderar quer realizar. Fazendo, acaba por atrair seguidores. Esses seguidores acabam por fazer dele um líder.

No processo de realizar dá o seu máximo, assume os riscos e investe todo o seu tempo, conhecimento e dinheiro, reúne recursos e aliados… e no final, tem montes de gente a quererem segui-lo porque toda a gente gosta de estar perto de quem está a ir a algum lugar.

A liderança não é um cargo, é uma constatação. Líder não é quem tem a autoridade, é quem tem o poder pessoal que vem da realização progressiva e imparável de uma missão.

 

11- Há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho.

11- Há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho.

Quando não encontramos uma solução podemos andar perdidos, porém a maior parte das vezes andamos perdidos não porque não sabemos o que fazer mas sim porque não o fazemos.

É assim que pessoas continuam a fumar, a beber e comer em excesso, a perder tempo com parvoíces, a procrastinar fazer aquilo que sabem que precisam fazer.

A natureza humana é assim e os líderes são assim.

Creio que, se cada pessoa fizesse somente aquilo que pode fazer e o fizesse imediatamente, sempre e na totalidade teria mais sucesso do que alguma vez alguém teve.

Olha a história do Pedro que estava doente e foi ao médico:

O Pedro estava muito preocupado porque tinha uma mancha no corpo e não fazia ideia do que aquilo era. Pensava que poderia ser isto e aquilo. Tinha ouvido histórias sobre o que aconteceu uma vez a um primo de um vizinho que tinha uma coisa parecida e sonhava com o que lhe poderia acontecer: Nada de bom.

Estava tão preocupado que não dormia e começou a não funcionar normalmente no seu trabalho. 

Os colegas repararam que não estava bem e quando lhe perguntaram o que se passava ele abriu-se e falhou-lhes da mancha que tinha no corpo. Até lhes mostrou.

Então um deles sugeriu que fosse ao médico a ver o que o médico diria. Ele achou boa ideia e foi nesse mesmo dia.

No dia seguinte apareceu no emprego todo alegre e jovial. Dizia as piadas do costume e parecia ter voltado a ser o Pedro que sempre fora.

Quando lhe perguntaram “O que disse o médico” ele respondeu:

– Ah, disse que é uma doença muito rara que pode provocar a morte dentro de uns anos, mas que tem um tratamento fácil: colocar uma pomada durante 30 dias, apanhar ar puro, deixar de fumar, beber e viver sem stress, de preferência no campo.

– Porreiro, disseram-lhe os colegas, ainda bem que não é nada de grave. Creio que vais começar o tratamento em breve.

– Sim, em breve, respondeu o Pedro, um dia destes.

Um ano depois o Pedro morreu ali mesmo no local de trabalho depois da festa em que foi promovido a gerente.

Saber qual é o caminho mas não o percorrer, não serve para muito. Teoria sem prática tem este efeito: não produz um resultado. Ler livros, aprender conceitos, defender teorias mas não colocar nada disso em ação, não somente é estéril como é errado.

Nenhuma teoria é verdadeira até que seja provada pela prática. Um líder não vive de opiniões, vive de prática. Testa, experimenta, reúne dados da experiência.

Creio que todos conhecemos líderes que mandam fazer mas não fazem, que querem uma atitude mas não têm uma, que sabem tudo mas não fazem realmente nada.

Há os líderes De Pedestal e líderes Mãos na Massa:
Os primeiros sentem-se no direito de liderar e querem liderar.
Os segundos não estão interessados em liderar, mas em fazer acontecer, mas são estes que acabam por ser os verdadeiros líderes.

 

12- A missão começa com o início da crença.

12- A missão começa com o início da crença.

Vou contar-te uma história verídica.

Atenção: Os resultados que vou referir abaixo não são típicos nem garantia de que outras pessoas (ou tu) possam ganhar o mesmo. Podem ganhar o mesmo, mais ou nada, conforme o trabalho que cada pessoa fizer.

Quando comecei a trabalhar online, escrevendo este blog e usando o sistema, eu não ganhava quase nada.

Dedicava quase todo o meu tempo a tentar criar um negócio online. No tempo que me restava trabalhava como designer gráfico freelancer, com poucos rendimentos.

Um dia ouvi alguém dizer que dentro de 90 dias podia ganhar 1000 euros por dia online e isso chamou-se a atenção… é que eu não ganhava isso num mês :).

Comecei a seguir o sistema, criei este blog, que é parte desse sistema, e a aprender como isso se faz. Consegui ganhar 3400 euros no primeiro mês. Imagina! Estava muito feliz.

Era Outubro. Em Novembro ganhei o mesmo, em Dezembro, de novo, o mesmo mais ou menos. Foi fantástico porque nesse Natal pude comprar presentes para as minhas filhas e pagar por uma festa bonita, coisa que não acontecia há muitos anos.

Em Janeiro fui fazer as contas: 13 mil euros, ganhos nos 90 dias entre Outubro e Dezembro. Estava feliz e agradecido, mas ao mesmo tempo frustrado: 13 mil euros em 90 dias não são 1000 euros por dia.

Entendi que estava bloqueado e não sabia porquê.

Teria de aprender mais coisas? Teria de saber algum segredo que ninguém contava? Precisava de mais técnicas e truques de marketing ou mais estratégias?

Não sabia.

Porém dei-me conta de uma coisa: eu não conhecia ninguém que ganhasse 1000 euros por dia. Ninguém à minha volta, de entre as pessoas que me rodeavam ganhava esse tipo de dinheiro e por isso pensei que tinha de contactar com pessoas diferentes. Talvez elas me pudessem ajudar.

Em Janeiro soube que havia um evento em Austin, Texas, USA e que iam lá estar algumas das pessoas que eu via na Internet e que ganhavam muito mais que 1000 euros por dia. 

Algumas dessas pessoas eu apreciava, pelo que via, e decidi ir lá conhecê-las. Nunca se sabe…

Fui.

Meti-me no avião no dia 17 de Janeiro. O meu mês estava a ir pelo mesmo caminho dos 3 meses anteriores, tinha ganho uns 2800 euros esse mês, iria terminar o mês, de novo, com uns 3500 euros ganhos.

O evento começou no dia 19 e terminou no dia 21. No dia 22 estava em casa, em Portugal, com um jetlag que não me impediu de trabalhar imediatamente.

Nesses últimos 7 dias do mês ganhei 7 mil euros (1000 euros por dia, em média) e terminei o mês com um pouco mais de 10 mil euros ganhos.

O que tinha mudado?

Eu tinha aprendido o segredo? A tal técnica secreta? O tal truque de marketing? Já te digo.

Em todo o caso, 10 mil euros num mês não são 1000 euros por dia, porém esses últimos 7 dias de Janeiro abriram uma porta para mim desconhecida. Foi como uma brecha na muralha.

Em Fevereiro voltei aos Estados Unidos e ganhei 15 mil. Em Março, 180 dias depois de ter iniciado, ganhei 34 mil euros, mais de 1000 por dia em média.

Depois de um plano falhado e de duas viagens aos Estados Unidos num só mês, tinha conseguido e agora podia olhar para trás e entender o caminho.

Vou dizer-te o que mudou: eu mudei.

A minha mente estava agarrada aos 3 a 4 mil euros por mês e nunca passaria daí. Eu sei, eu tentei durante 4 meses e nunca funcionou.

Agora, de repente, em 7 dias passei de 120 euros por dia para 1000. Eu mudei.

Eu pensava que ia conseguir o meu resultado com uma decisão, mas estava enganado.

Pensava que se tomasse uma decisão, fizesse um plano de ação e seguisse o plano que iria conseguir: estava enganado.

Eu era um ganhador de 1000 euros por dia somente na minha decisão, não na minha crença, e a crença está ancorada no subconsciente. Daí controla as micro decisões que te levam a criar a realidade que corresponde com ela.

E vou dizer-te o que mudei: mudei a minha crença: No evento de Austin eu comecei a acreditar que eu era um ganhador de 1000 euros por dia.

Vi outras pessoas, conheci essas pessoas e entendi que eu não era nada mais e nada menos que elas, que o que elas faziam eu fazia e o que elas eram eu também era e senti isso no mais fundo do meu coração.

Aí aconteceu na minha mente o momento da realização de que eu já era aquela pessoa que ganha 1000 euros por dia: não tinha de aprender nada mais, não tinha de descobrir nenhum segredo porque ele não existia, só tinha de ser a pessoa que sou, comunicar com paixão e entusiasmo a minha visão e guiar as pessoas na direção em que eu mesmo me tinha permitido ser guiado: abundância de tudo, incluindo de dinheiro.

Uma crença tem muito poder. Porém o maior poder que tem é fazer a pessoa pensar que é a realidade, e portanto a pessoa não pensa que é somente um crença.

No momento em que te dás conta de que tens uma crença, é o princípio do fim dessa crença e o início da tua libertação dela.

Eu cria que trabalhava muito e não ganhava nada. Cria que era honrado trabalhar muito. Cria que era bom viver em pobreza mas ser honesto.

Passei a crer que podia trabalhar pouco tempo e ganhar muito e isso aconteceu. Passei a crer que era mais honrado receber o justo pelo valor que uma pessoa traz ao mundo do que trabalhar muito para sobreviver. Passei a crer que é mais fácil e melhor para mim ser honesto e viver em abundância do que ser honesto e viver na pobreza.

Imagina o que podes fazer quando mudares as tuas crenças! Milagres verdadeiros, garanto.

 

13- Para ser o Que Se Está Destinado a Ser… É preciso Nascer de Novo.

13- Para ser o Que Se Está Destinado a Ser… É preciso Nascer de Novo.

Quase todas as pessoas odeiam perder. Quase todos nós detestamos a dor, a dificuldade, a perda, a morte.

Fazemos imensas coisas para evitar perder, inúmeras mais para não ficar para trás, comandados pelo medo da morte, da perda, do retrocesso.

Porém o The Matrix ensina outra coisa. Ensina que a totalidade do nosso potencial só vem depois de perdermos, só vem depois da dor e do abandono, depois de desistirmos, depois de morrermos.

Neo morre. São abandonadas todas as esperanças, o mundo parece ter terminado.

No filme, depois de ter feito a proeza inacreditável de libertar Morpheus… e só a realizou porque abandonara a ideia de que era O Tal (vê capítulo mais acima)… ele atinge um nível de performance nunca visto: consegue lutar contra os agentes da Matrix e fazer-lhes frente, coisa que nunca nenhum humano tinha conseguido.

Parece que finalmente começou a acreditar que era O Tal. Os resultados começaram a aparecer, porém…

… porém…

Nem ele nem ninguém poderia saber que aquela incrível capacidade de lutar não era o seu melhor. Aliás, não era nada comparado com o seu potencial.

O problema é que o potencial estava preso debaixo de todas as crenças acumuladas, todos os medos de perder, todos os receios de que “talvez não seja eu” ou “talvez não seja capaz”.

Neo morre. São abandonadas todas as esperanças, o mundo parece ter terminado (sim estou a repetir-me).

Lembra-me a história de Buda:

Buda tinha nascido rico e com o nome Siddhartha (recomendo muitíssimo a leitura do fabuloso livro de Herman Hesse que podes pesquisar aqui).

Ainda jovem saiu de casa abandonando a vida luxuosa da sua casta Brahma e partiu em busca de respostas.

Viveu com ioguis, e aprendeu toda a espécie de técnicas para castigar o corpo em busca da iluminação. Fez isso durante muitos anos, mas sem qualquer sucesso.

Um dia decidiu que não era possível atingir a iluminação apesar das práticas mais severas.

Abandonou o seu modo de vida, e foi comer, tratar do corpo, muito fragilizado. Diz a lenda que se banhou no rio para limpar toda a sujidade acumulada no corpo e aos poucos começou a comer arroz e outros alimentos até estar completamente recuperado.

O resultado desta mudança foi que perdeu todos os seus discípulos que o consideraram um traidor e que agora vivia na boa-vida.

Tinha perdido a sua posição social na casta de topo da estrutura social da Índia, tinha abraçado uma vida ascética, com sucesso no mundo (tinha muitos discípulos) mas sem a realização do que realmente queria, que era a iluminação e por isso perdeu também o estatuto de guru.

Quando perdeu tudo, foi o momento da intuição: Não tinha de seguir nenhum mestre, o caminho nunca tinha sido percorrido e teria de o fazer por si mesmo.

Sentou-se sob um Tipal, uma espécie de figueira e não se levantou até que atingiu a iluminação.

Esse momento fundador criou um movimento (não uma religião) que perdura até hoje, tem um impacto impossível de descrever não somente no oriente mas também nos países ocidentais, principalmente nos últimos 100 anos.

Parece uma condição crítica de sucesso o passar pela perda. Até mesmo por uma perda na qual parece que nada serve, que tudo está perdido, que o mundo terminou.

O exemplo de Jesus Cristo é gritante e perfeito.

Não existiu realmente nenhum movimento até que Jesus Cristo morreu.

Ele foi um profeta, como inúmeros outros que povoavam o médio oriente na época. A sua mensagem tinha um impacto. Movia pessoas, até fazia milagres, como relatam os textos antigos.

Porém, nada realmente aconteceu até que tudo foi perdido.

Ele foi traído, preso, morto de forma humilhante e os seus seguidores dispersos, restando apenas meia dúzia, fechados numa casa, com medo.

Tudo estava perdido. O líder morto, que, afinal não era O Tal que todos esperavam que fosse. Acabou.

Porém depois de uns dias começaram a circular rumores de que tinha ressuscitado. Que tinha vencido a morte.

Contam os textos antigos que apareceu a alguns discípulos e que lhes disse para espalharem esta boa-notícia:

– Que a morte podia ser vencida e que ele era a prova disso.

O que aconteceu em seguida penso que todos sabemos: nasceu o cristianismo, a partir da morte de “O Tal” e todos temos uma ideia do impacto que esta religião teve e tem no mundo ainda hoje.

Sem entrar em detalhes sobre o quanto os budistas, ou os cristãos, ou os muçulmanos, ou os seguidores de qualquer religião sejam ou não fiéis ao carisma dos respetivos fundadores, o facto é que estes movimentos moldaram a face da Terra e criaram a humanidade como ela é hoje.

Não é somente na religião que este fenómeno acontece: Teres de perder tudo para abrires o espaço à realização do teu verdadeiro potencial.

Vê a história de grandes empresas, como a Apple ou a  grandes líderes mundiais como Nelson Mandela, ou Martin Luther King ou São Francisco de Assis, que muito aprecio.

Estuda os factos acerca de pessoas que realmente fazem a diferença no mundo, como atores, músicos, empreendedores, visionários…

Todos, sem exceção passaram pelo momento de ter perdido tudo, de perderem as próprias empresas que fundaram, como Steve Jobs, expulso da sua própria empresa, de perderem a liberdade durante décadas como Nelson Mandela, ou de terem perdido a vida, literalmente como Martin Luther King, que deu a vida pelo movimento dos direitos civis, ainda hoje em evolução e longe de estar realizado, nos Estados Unidos, ou ainda como São Francisco de Assis que não queria ser líder de nada, acabou por criar um movimento, da liderança do qual foi afastado ainda enquanto era vivo, e que agora dura há 800 anos.

Tu não és diferente. Porque haverias de ser poupado ou poupada à perda e à morte?

Porque haverias de ter o teu caminho alisado e previsto?

Porque motivo te seria poupado o processo de te transformares na pessoa que realmente vieste a este mundo para ser?

Mais importante: porque quererias tu ser poupado a este processo sabendo que tens de passar por ele para realizares o teu potencial?

Este é o caminho do herói:

1. Primeiro busca clareza.

Quando a acha:

2. Atua com paixão mas encontra obstáculos.

3. Quando os supera, e parece que agora sim, as coisas vão começar… 

4. Perde tudo. É traído por alguém, é traído por si mesmo e pelas suas más escolhas. O mundo resiste à mudança.

Até começares a ser um agente de mudança a sério, o mundo não precisa defender-se. Porém, quando começas a revelar a tua verdade, serás destruído pelo status quo ou , por vezes, pelos próprios aliados que conseguiste atrair mas que não têm a visão que tu tens.

Depois de perderes, de morreres, de chegares aquele lugar onde parece que não há retorno, é quando tens a verdadeira oportunidade.

É aí que começa o teu processo de sucesso. Não te atrevas a dizer não, a ficar no chão, a fazer de vítima, porque foi para este momento que nasceste, foi para este momento que passaste tudo o que passaste, lutaste, sofreste, te apaixonaste.

Se estás nesse lugar agora mesmo, parabéns, estás pronto para começar. A tua missão é só tua e ninguém te pode substituir nela.

Afinal, tu és “O Tal”.

Quem diria que The Matrix nos podia ensinar tantas coisas?

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