Já te perguntaste “o Que é o Marketing de Atracção”? Já ouviste falar? Sabes o que é? Sabes porque poderá ser tão relevante para a tua actividade e para o crescimento do teu projecto?
Antes de dizer-te o que é o Marketing de Atracção, vou contar-te uma história. Conheces a metáfora dos caçadores de borboletas?
Haviam dois caçadores de borboletas:
Um tinha uma rede e corria, corria todo o dia atrás delas, fazia dezenas de quilómetros e gastava toda a sua energia. No final do dia, conseguia 4 ou 5 na sua rede.
Quando lhe perguntavam se a sua actividade de caçador de borboletas estava a correr bem, ele dizia:
-“Sim, apanho borboletas todos os dias”.
Quando lhe perguntavam se estava feliz com a sua actividade de caçador de borboletas, ele respondia:
– “Mais ou menos. Dá muito trabalho, ando sempre muito cansado, mal vejo a família, mas a vida é assim mesmo, o que se há-de fazer? É preciso pagar o preço.”
O outro caçador de borboletas plantou um jardim e cuidou dele todos os dias.
O primeiro caçador fazia troça dele, que não apanhava nenhuma borboleta. A família e os amigos pressionavam-no para trazer borboletas…
Um dia o caçador do jardim, decidiu que estava cansado de ouvir as críticas e a pressão de toda a gente, e decidiu ir caçar borboletas com a rede, copiando o primeiro.
Foi penoso, ele não queria estar ali, a correr todo o dia, todos os dias, fazendo coisas que detestava, e, mesmo assim, chegava ao final do dia sem borboletas nenhumas e estava cansado e desanimado. Não tinha a experiência que tinha o primeiro, e raramente conseguia apanhar alguma.
Pensava no seu jardim, no lindo que se poderia tornar, mas o jardim, entretanto abandonado, morreu na sua maior parte.
O jardineiro, porém continuou na luta, na dificuldade, a tentar apanhar borboletas com a rede, copiando o primeiro. E a verdade é que foi aprendendo e começou a trazer 2 ou 3 borboletas para casa todos os dias.
Quando lhe perguntavam se a sua actividade de caçador de borboletas estava a correr bem, ele dizia:
-“Sim, apanho borboletas todos os dias”.
Quando lhe perguntavam se estava feliz com a sua actividade de caçador de borboletas, ele respondia:
– “Mais ou menos. Dá muito trabalho, ando sempre muito cansado, mal vejo a família, mas a vida é assim mesmo, o que se há-de fazer? É preciso pagar o preço.”
Um dia começaram a despontar uns botões no jardim, meio abandonado.
No dia seguinte, como por magia as flores começaram a brotar em mais arbustos, e depois mais, e mais.
Em 3 ou 4 dias estava o jardim, mesmo quase abandonado, cheio de flores de todo o tipo, que tinham sobrevivido ao abandono.
Um dia, ao chegar a casa, o segundo caçador, cansado e desanimado, com 2 borboletas no saco depois de um dia de trabalho extenuante, viu o jardim e parecia que as flores se moviam por si mesmas, tremiam e mudavam de caule.
Que mistério seria esse?
Semi-cerrou os olhos e tentou focar a atenção num par delas, para descobrir que o que estava a ver eram borboletas. Milhares delas, a cirandar por todo o lado. Milhares!
Quase chorou de comoção. Olhou para a rede com o cabo comprido, encostada à parede perto da porta, levantou-se, pegou nela e partiu-a no joelho.
Em seguida entrou no jardim, passou ao lado de muitas plantas mortas, e aproximou-se de 2 ou 3 carregadas de flores, e de borboletas, que o rodearam por todos os lados.
Ele sabe que o seu trabalho de cultivo produziu os seus resultados.
Sabe agora que, enquanto estava a trabalhar no que realmente gostava de fazer e todos o criticavam, estava a preparar o terreno para a abundância que aí vinha.
Sabe agora que é muito melhor atrair do que perseguir.
O primeiro caçador, que continua agarrado à rede, continua a pensar que o seu processo é o melhor, simplesmente porque não sabe fazer de outra forma e acha-se demasiado confortável para fazer qualquer mudança. Continua a ensinar a caçar borboletas com rede e a criticar o do jardim, com um misto de inveja e algum paternalismo.
O segundo, que continua a cuidar do jardim, tem borboletas de todas as formas e feitios, que vêm ter com ele sem qualquer esforço, que não seja o do cuidado das plantas e das flores.
O Marketing de Perseguição pensa aqui:
- Quero mais clientes, mais vendas, mais adesões… preciso ir atrás deles. A iniciativa é minha.
O Marketing de Atracção pensa assim:
- Quero mais clientes, mais vendas, mais adesões… preciso criar condições para que eles venham ter comigo. A iniciativa é deles.
Desta diferença de perspectiva, derivam planos de acção completamente diferentes. Ambos funcionam, provavelmente, porém a maior parte das vezes, opta-se pelo marketing de perseguição porque não se aprendeu outra coisa. É intuitivo, tem lógica, e por isso a maior parte das pessoas o faz.
Porém, a maior parte das pessoas não tem muito sucesso, precisamente porque funciona pior.
Como a iniciativa é tua, se fizeres marketing de perseguição, a outra pessoa é quem tem o poder. Tu queres vender: a outra pessoa é que lidera o processo, coloca dificuldades, quer preço mais baixo, quer mais benefícios…
Se a iniciativa for da outra pessoa, se fizeres marketing de atracção, tu és quem tem o poder. A outra pessoa quer comprar: és tu quem lidera o processo, qualificas a pessoa, colocas preço mais elevado, podes dar menos benefícios que até poderiam ter um custo elevado para ti.
O Marketing de Perseguição requer um dispêndio de energia muito elevado. É baseado na mentalidade da escassez.
Tentar convencer quem não quer, insistir, criar sentimentos negativos, e, em casos extremos: invasão do espaço da outra pessoa enviando mensagens privadas, emails, publicações identificadas… que pode raiar o assédio. Se chegar aqui é mau. Má ética, mau ambiente, desconforto. Os prospectos vão evitar-te no futuro, o que te pode levar a perseguir ainda mais… erradamente.
Claro, estou a exagerar um pouco, pois na realidade, o marketing de perseguição pode não chegar ao “assédio”, mas também pode chegar, facilmente, e todos temos experiências disso, creio eu.
O Marketing de Atracção requer um trabalho continuado em proporcionar soluções para as pessoas, a entender o que desejam e a dar-lhes respostas, gratuitamente e continuadamente. É baseado na mentalidade da abundância. Os prospectos não sentem que precisam defender-se, pois não existe qualquer ameaça. Sentem que estás a servir, a ensinar, a ajudar, e que todos podem desfrutar do teu valor mesmo que não te comprem nada.
Gera boa energia, contribuição, e, quando chega a hora de comprar, muitas pessoas vão querer comprar. Comprar porque querem porque acreditam em ti e desejam estar próximos de ti e da tua energia.
No final tudo funciona, o marketing de perseguição e o marketing de atracção. Contudo podes optar, se tiveres a informação adequada e a vontade de aprender. Tudo precisa ser aprendido e podes dedicar-te a melhorar as tuas competências com a rede e o cabo comprido, ou com o cuidado do jardim, é tua opção e o que decidires será perfeito.
A realidade é que quanto menor pessoas usarem o Marketing de Atracção, maior o impacto de cada uma. Da mesma forma que, quando toda a gente está a usar o Marketing de Perseguição, menor o impacto de cada um, mais barulho é preciso fazer, mais ruído, mais trabalho e menos resultados.
É impossível neste artigo falar tudo sobre este assunto, mas tu mereces conhecer todos os detalhes, aprender o método e poderes aplicar no teu projeto.
Se quiseres saber tudo sobre o Marketing de Atracção, como funciona em detalhe o processo de atrair pessoas para o teu projecto, recomendo o curso “Marketing de Atracção” da Universidade da Tribo, disponível neste link com um desconto especial para os leitores do meu blog.
Obrigado por estares aí, se tiveres alguma questão, coloca aqui por baixo nos comentários.
Antes de mais agradeço pelo inventivo. A historia da apanha das borboletas deixa reflexão e também leva nos a entender o processo da vida. Tudo à seu tempo! Um abraço
Obrigado pelo teu comentário, Cosma. Cada pessoa pode tirar a sua conclusão.
Grande abraço, comenta sempre.
A primeira vez que ouvi a história da borboleta fez se luz na minha cabeça, pois já tinha passado pelo processo de andar a perseguir os clientes e pacientes.
Hoje em a cuido do meu jardim por quero continuar a trair as pessoas que precisam de mim e ainda nem sabem… rs
A forma que escreves sempre me encantou. Obrigada Rui, por mais este excelente artigo
Obrigado Sandra. Cuidar do jardim significa fazer esta pergunta (e responder-lhe):
– O que posso dar hoje que inspire as pessoas que desejo atrair a executar uma acção?
Este “dar” pode ser “que problema solucionar”
E esta “acção” pode ser algo tão simples como enviar uma mensagem ou responder a uma pergunta, ou comprar alguma coisa.
Obrigado pelo teu apreço e pelo teu comentário.